Andarilho pervertido é amarrado por moradores na estrada do Pacífico após atacar mulheres

Os moradores do km 66 da BR-317, na zona rural de Brasiléia, decidiram que, se a segurança pública é lenta, eles mesmos dão um jeito. Foi assim que Juan Carlos Soares Evangelista, de 37 anos, um verdadeiro colecionador de boletins de ocorrência espalhados por pelo menos cinco estados, acabou amarrado na manhã de quinta-feira (6), após uma sequência de ameaças de morte e violência sexual contra mulheres da comunidade.

O enredo começou na tarde de quarta-feira (5), quando o suspeito surgiu na estrada do Pacífico pedindo comida. Até aí, nada incomum para a zona rural. O problema é que, ao encontrar mulheres sozinhas, o pervertido passou a disparar ameaças embaralhadas, misturando falas sobre abusos e até morte. Uma das vítimas teve sangue-frio para ligar para vizinhos, o que fez o andarilho pervertido recuar temporariamente.

Enquanto a polícia não chegava e, segundo os moradores, realmente não chegou naquele primeiro momento, a própria comunidade iniciou buscas. Encontraram o suspeito confortavelmente instalado numa casa abandonada, onde teria passado a noite, aparentemente aguardando a próxima vítima.

Na manhã seguinte, Juan Carlos voltou a circular pelas residências, repetindo o roteiro: pedir alimento e, em seguida, proferir novas ameaças. Foi o suficiente para os moradores se revoltarem e partir para o modo justiça improvisada, imobilizando e amarrando o suspeito. Nessa hora um policial morador da região compareceu ao local e pediu reforço.

A Polícia Militar chegou, conduziu o homem à delegacia e, durante consulta ao sistema, descobriu que o andarilho tarado acumula ao menos 10 registros de ocorrências em Roraima, Rondônia, Pará, Amazonas e, agora, oficialmente, no Acre também. Há relatos de episódios semelhantes praticados por ele em outras áreas rurais, como o Polo do km 5 de Brasiléia e em Assis Brasil.

Cansados de servir como plateia e, às vezes, como alvo, os moradores pedem providências urgentes das autoridades de segurança e do Judiciário. Segundo eles, as comunidades rurais vivem cada vez mais à mercê de ameaças recorrentes e da sensação de abandono.

O caso segue sob investigação da Polícia Judiciária do estadual.


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