Adolescente morto pela PM aparece em vídeo exibindo arma e comemorando execução de ativista

Um vídeo que viralizou nas redes sociais neste domingo (16) revelou a ousadia de integrantes de duas facções que disputam território e espalham terror em Rio Branco. Nas imagens, gravadas pelos criminosos antes da ação do 2º Batalhão da Polícia Militar que terminou com a morte de Yago Silva e Silva, de 16 anos, o grupo aparece exibindo armas, fazendo ameaças e comemorando a execução do ativista Micaias Santos Almeida, morto em fevereiro no bairro Taquari.

Durante a videochamada, Yago, Eduardo Queiroz Veríssimo, de 23 anos, o “Caboco”, e outros comparsas ostentam armamento pesado e provocam a facção rival. A gravação gera uma resposta imediata de um faccionado, conhecido como “Cabuloso”, que desafia o grupo e acusa os bandidos rivais de terem assassinado um inocente. A troca de intimidações reforça a escalada de violência entre as duas organizações criminosas, que vem aterrorizando moradores do Segundo Distrito.

A dupla filmada era velha conhecida da polícia. “Caboco” é investigado por homicídios brutais, entre eles o assassinato do ativista Micaias e de André Silva Santos, além de suspeita de envolvimento no esquartejamento de Janaira Andresa, 15 anos, cujo corpo foi jogado no Rio Acre no ano passado. Já Yago acumulava um histórico pesado: participação na morte de Micaias e envolvimento em dois homicídios registrados dentro de uma distribuidora no Taquari.

A ação que matou Yago ocorreu durante patrulhamento para evitar novos confrontos entre as facções. Ao avistar dois suspeitos armados na Rua Padre José, no Triângulo Novo, a PM tentou abordagem. Eduardo se entregou, mas Yago sacou a arma e tentou apontá-la para um policial. O militar reagiu com um único disparo, que neutralizou a ameaça. O adolescente chegou a ser socorrido pelo SAMU, mas morreu dentro da viatura de suporte avançado.


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