A Justiça Federal em Tabatinga (AM) decidiu encaminhar ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF-1) um pedido para que o julgamento dos acusados pela morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista inglês Dom Phillips seja realizado em Manaus, capital do Amazonas. O processo, que já está pronto para ir a júri popular, pode ter o local alterado a depender da análise do Tribunal.
A solicitação atende ao Ministério Público Federal (MPF), que pediu o desaforamento do caso, alegando riscos à segurança dos envolvidos e possível comprometimento da imparcialidade dos jurados caso o julgamento aconteça em Tabatinga. Na mesma decisão, a subseção judiciária rejeitou pedidos da defesa para anular o processo e incluir reportagens jornalísticas nos autos, por entender que não há base legal para anulação e que matérias da imprensa não possuem valor como prova.

A Justiça também determinou que dois outros processos relacionados, um sobre organização criminosa e outro sobre ocultação de cadáver, sejam concluídos e reunidos ao principal, para que todos sejam julgados conjuntamente. Agora, com o envio da decisão ao TRF-1, caberá ao Tribunal definir se o júri ocorrerá em Manaus ou em outra unidade da Justiça Federal.
Os réus a serem levados a júri popular são: Amarildo da Costa Oliveira (Pelado), acusado de executar os disparos; Jefferson da Silva Lima (Pelado da Dinha), que também confessou envolvimento; e Oseney da Costa Oliveira (Dos Santos), denunciado por participação e ocultação dos corpos.