Caminhoneiro que saiu do Acre para SP confessa que armou sequestro em caso na Rodoanel

Um caminhoneiro de 52 anos, identificado como Dener Laurito dos Santos, confessou nesta quarta-feira (19) à Polícia Civil que mentiu sobre um suposto sequestro e a presença de uma bomba em sua carreta, evento que causou um bloqueio de cinco horas no Rodoanel, em Itapecerica da Serra, na Grande São Paulo. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP).

O motorista inicialmente alegou que havia sido sequestrado por três criminosos armados, que o teriam forçado a parar no meio da pista, amarrado e colocado uma bomba falsa no veículo. Ele também afirmou que, durante o sequestro, os criminosos jogaram uma pedra no para-brisa e o obrigaram a permanecer no caminhão enquanto eles fugiam após ele reagir. No entanto, após uma análise minuciosa das imagens de segurança e depoimentos, a polícia desmentiu a versão apresentada por Dener.

De acordo com o secretário de segurança pública, Osvaldo Nico, Dener admitiu que ele mesmo fabricou a bomba falsa encontrada na carreta e que arremessou a pedra no para-brisa. A intenção do caminhoneiro, segundo ele, era chamar a atenção com o caso, simulando um crime para justificar o bloqueio no Rodoanel.

A simulação de sequestro causou um grande transtorno na região, resultando em mais de 20 quilômetros de congestionamento. A pista ficou interditada por uma hora para a atuação do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE), que retirou Dener da carreta, após o qual ele desmaiou e precisou de atendimento médico. A análise do artefato encontrado na carreta posteriormente confirmou que não se tratava de uma bomba real.

O caminhoneiro foi indiciado por falsa comunicação de crime, um crime previsto no Art. 340 do Código Penal, que pode resultar em detenção de um a seis meses, ou multa. A SSP-SP não informou se Dener será preso. As investigações continuam em andamento para esclarecer completamente o ocorrido e garantir a devida responsabilização criminal.

Relembre o caso

Dener, natural de Ribeirão Pires e funcionário da transportadora Sitrex, estava em deslocamento de retorno ao estado de São Paulo após uma viagem ao Acre. Seu caminhão, sem carga, estava indo para a base da empresa em São Bernardo do Campo quando ele forjou o sequestro. Durante o depoimento à polícia, Dener manteve a versão de que os criminosos planejavam levar armas para o Rio de Janeiro. No entanto, essa história foi desmentida com base nas investigações.

Após a confissão, o caminhoneiro responderá judicialmente por seu ato. A defesa de Dener ainda não foi localizada para se pronunciar sobre o caso, mas o espaço segue aberto para manifestação.

Este episódio trouxe à tona a importância de uma investigação rigorosa em casos de falsas comunicações de crime, que podem causar danos significativos à segurança pública e à ordem na cidade.

Da redação


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