MP de Goiás aciona na Justiça marca de Virgínia Fonseca por práticas abusivas, às vésperas de inauguração de loja no Acre

A poucas horas da inauguração da primeira loja física da WePink no Acre, prevista para esta sexta-feira (10), o Ministério Público de Goiás (MPGO) entrou com uma ação judicial contra a marca de cosméticos da influenciadora Virgínia Fonseca. O órgão acusa a empresa de adotar práticas abusivas e lesivas aos consumidores.

De acordo com o MPGO, a WePink, que ganhou notoriedade com vendas massivas em transmissões ao vivo nas redes sociais, acumula um histórico preocupante de reclamações. Somente em 2024, já foram registradas mais de 90 mil queixas no site Reclame Aqui, além de 340 denúncias formais no Procon Goiás entre 2024 e 2025.

A ação foi movida pela 70ª Promotoria de Justiça de Goiânia, que aponta que os próprios sócios da empresa teriam reconhecido publicamente a venda de produtos sem possuir estoque suficiente. Em um dos trechos apresentados como prova, o empresário Thiago Stabile, sócio de Virgínia Fonseca, declara durante uma live: “A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês.”

Para o promotor Élvio Vicente da Silva, o crescimento acelerado da WePink provocou sérios problemas na cadeia de abastecimento e resultou em atrasos nas entregas, o que, segundo ele, configura publicidade enganosa e descumprimento contratual.

O Ministério Público também acusa a empresa de não entregar produtos adquiridos, dificultar processos de reembolso, enviar mercadorias com defeito, além de excluir comentários críticos nas redes sociais e manter um atendimento ao cliente ineficiente.

A ação foi ajuizada um dia antes da inauguração da loja no Acre, evento que marca a expansão nacional da marca de cosméticos.


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