Um confronto armado entre policiais militares e dois suspeitos terminou com um adolescente morto e um homem preso na madrugada desta sexta-feira (14), na Rua Padre José, bairro Triângulo Novo, no Segundo Distrito de Rio Branco. A ação ocorreu durante patrulhamento de rotina da Polícia Militar, por volta das 2h.

Pelo que foi possível apurar, a equipe realizava rondas na região quando avistou dois indivíduos em atitudes consideradas suspeitas, posicionados em lados opostos da via. Ao tentar realizar a abordagem, os policiais perceberam que Eduardo Queiroz Veríssimo, de 23 anos, dispensou uma arma de fogo ao lado do muro de uma casa.
Ao mesmo tempo, o adolescente Yago Silva e Silva, de 16 anos, teria levantado a arma que carregava e apontado em direção à guarnição. Diante da ameaça iminente, um dos militares efetuou um disparo que atingiu o abdômen do jovem, que ainda tentou correr para um terreno baldio, mas caiu poucos metros depois. A arma dele foi apreendida no local.
Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foram acionadas com unidades básica e avançada. Os socorristas tentaram reanimar o adolescente por vários minutos, mas ele não resistiu aos ferimentos e morreu dentro da ambulância. O corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML).
“A equipe já monitorava a área desde a noite anterior, após denúncias de homens armados circulando entre o Taquari e o Triângulo. A nossa guarnição percebeu que a dupla tentou se reorganizar ao notar a viatura, o que reforçou a necessidade de uma abordagem rápida para evitar que a situação evoluísse para um confronto maior. Um deles tentava esconder a arma atrás do corpo, enquanto o outro mantinha uma escopeta na cintura”, destacou o tenente-coronel Felipe Russo, comandante do 2º Batalhão.
Os policiais realizaram o isolamento da área para o trabalho pericial. No local, foram apreendidas duas garruchas, sete munições intactas e pequenas porções de maconha, cocaína e pedra de crack que estavam com o adolescente. Eduardo, que teria deixado o presídio recentemente, onde respondia por suspeita de participação em um homicídio, foi imediatamente contido e recebeu voz de prisão.
O caso será investigado pela Polícia Civil, que deve encaminhar o material e as informações reunidas para a Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), responsável pela continuidade do apuratório policial.