Projeto da Embrapa Acre será destaque na COP30 com foco em agricultura tradicional e sustentabilidade

Durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será realizada em Belém (PA) a partir do dia 10 de novembro, a Embrapa vai apresentar um conjunto de iniciativas voltadas à sustentabilidade e à adaptação da agricultura frente às mudanças climáticas. Entre os projetos selecionados para compor a programação, um dos destaques vem do Acre: o “Registro dos Sistemas Agrícolas Tradicionais do Alto Juruá (RSAT Alto Juruá)”, coordenado pelo pesquisador Amauri Siviero, da Embrapa Acre.

A pesquisa reúne uma equipe multidisciplinar com especialistas da Embrapa Acre, Embrapa Amazônia Ocidental (AM), Embrapa Amazônia Oriental (PA), Embrapa Solos, além de pesquisadores da Universidade Federal do Acre (Ufac) e do Instituto Federal do Acre (Ifac). O principal objetivo é mapear e valorizar os sistemas agrícolas tradicionais das comunidades ribeirinhas e extrativistas do Vale do Juruá uma das regiões mais ricas em diversidade biológica e cultural da Amazônia.

Segundo a Embrapa, o projeto evidencia como os saberes e práticas agrícolas locais são fundamentais para a segurança alimentar e a conservação da biodiversidade. Entre os cultivos mais comuns estão feijão, milho, banana e coco, que formam um mosaico de espécies manejadas de forma sustentável pelas famílias agricultoras.

Mais do que garantir alimento, essas práticas estão intimamente ligadas à identidade e à cultura das comunidades. Festivais tradicionais, como a farinhada e as festas do feijão, são exemplos de manifestações que celebram a relação entre agricultura, alimento e pertencimento cultural.

O RSAT Alto Juruá será apresentado dentro da AgriZone, vitrine de inovação e sustentabilidade organizada pela Embrapa durante a COP30. O espaço reunirá projetos de todas as regiões do país que buscam integrar agricultura, biodiversidade e serviços ecossistêmicos, destacando soluções inovadoras e tecnologias limpas adaptadas às realidades locais.

Com o projeto, o Acre reafirma seu papel estratégico no debate sobre agricultura sustentável e valorização do conhecimento tradicional, mostrando que o futuro da produção de alimentos pode e deve caminhar junto com a conservação ambiental e a cultura das comunidades amazônicas.


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